O ex-presidente da Media Capital afirmou esta terça-feira que a TVI funcionou como plataforma para derrubar o Governo liderado por Pedro Santana Lopes apesar de ter chamado a atenção da direção de José Eduardo Moniz
«Houve efetivamente um período em que a TVI tomou um conjunto de posições que se desviaram da linha de isenção e de credibilidade que eram apanágio da estação», referiu Miguel Pais do Amaral à margem da audição na comissão parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura.
Segundo referiu aos jornalistas, isso aconteceu «durante o Governo de Santana Lopes», tendo «a TVI funcionado como plataforma para derrube desse Governo».
Pais do Amaral adiantou que, nessa altura, teve «várias vezes de chamar a atenção do diretor geral e diretor de informação [José Eduardo Moniz, dizendo-lhe] que uma televisão não existe para derrubar governos, existe para informar o público».
Questionado sobre se a campanha para derrubar o Governo de Santana Lopes estaria a ser liderada por José Eduardo Moniz, Pais do Amaral respondeu «não ter dúvidas» sobre isso.
O empresário referiu ainda que os factos que hoje relatou sucederam na mesma altura do caso Marcelo.
O comentador político decidiu abandonar a TVI perante um alegado ultimato que lhe terá sido feito por Pais do Amaral, na altura presidente da Media Capital, empresa detentora da estação de Queluz.
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou na altura que Pais do Amaral lhe impôs um prazo para que repensasse o teor das suas intervenções nas edições de domingo no Jornal Nacional, já que era «inaceitável que houvesse uma informação e uma opinião sistematicamente anti-governamental na TVI».
Lusa / SOL
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